No Fórum Nacional do Leite, acontecido recentemente, o ministro da Agricultura Marcos Montes vaticinou que somos o terceiro maior produtor de leite do mundo, com potencial para estarmos dentro em breve em primeiro lugar no setor. O que podemos intuir de positivo nesta notícia e neste prognóstico?
No evento em Brasília/DF (12/07/22), Montes utilizou o Plano Safra 22/23 como o diferencial e divisor de águas (ou de leite) que permitiu maior robustez no setor agro, inclusive para o produtor de gado leiteiro. Segundo o político, este importante produto agropecuário foi incentivado em sua produção não somente para o consumo ou o mercado doméstico, mas para atender o filão exportador, o que nos permite otimismo quanto ao aumento destes números para período de tempo breve. Seríamos, logo, os maiores exportadores de leite de vaca do planeta – com incentivo aos pequenos e médios produtores, como vem ocorrendo, isto é bastante possível.
O mercado interno também é animador. Somos, aqui, grandes consumidores de lácteos – produtos que levam leite, derivados, do queijo à manteiga, achocolatados, etc.. A cadeia produtiva do leite é extensa e, toda ela, comprometida com a alimentação da população. Por isto projetos e programas governamentais podem e devem incentivar sua produção, independente de colocação no ranking mundial de produção. Incentivando-se a produção de leite, combate-se a fome e a desnutrição pelo mundo.
Em paralelo, o queijo artesanal brasileiro alcançou espaço midiático internacional, incentivando sua produção. Ganhou prêmios. Se tornou uma celebridade e hoje é considerado uma iguaria fina pretendida nas mesas da população de todo o planeta. Principalmente na região mineira da Serra da Canastra, o queijo se transformou em um cartão de visitas global e deu identidade nova, e forte, ao setor, incentivando mais uma vez a produção do leite (e do queijo). Seu preço subiu, o mercado alvoroçou.
Com estes prognósticos é possível prever, para breve, os mesmos resultados ainda mais animadores que aqueles projetados por Marcos Montes, independente do ano eleitoral.
